A medicina Fetal é uma subespecialidade criada recentemente dentro da obstetrícia que visa a dar assistência maior ao feto, a buscar segurança em relação ao desenvolvimento fetal adequado e verificar se está ocorrendo alguma malformação.
A medicina fetal foi-se desenvolvendo lentamente e começou a ganhar força no início da década de 1970 quando surgiu, no mundo todo, a preocupação com o rastreamento das síndromes, principalmente da síndrome de Down, e foi possível fazer exames como a amniocentese (estudo das células do feto pela análise do líquido amniótico) para diagnóstico dessa síndrome.
No entanto, a medicina fetal tomou impulso quando apareceram aparelhos de ultrassom mais modernos, com maior potência e maior possibilidade de visibilização do feto. A partir dessa conquista, o grande instrumento passou a ser o ultrassom, muito mais do que os procedimentos invasivos, como a amniocentese e o exame do vilo corial. O boom dessa especialidade ocorreu, porém, por volta da década de 1990, quando surgiram as sondas transvaginais de ultrassonografia que permitiram fazer diagnósticos precoces de malformações ou do bem-estar fetal bem no início da gravidez.